O ano que começou com a promessa e expectativas de um dos mais progressivos para o motociclismo de Rondônia, 2011 chegou ao final entre os mais difíceis dos últimos tempos, onde a diretoria da Federação de Motociclismo do Estado de Rondônia – FMR teve de driblar inúmeras adversidades para conseguir levar até o fim as atividades programadas para a temporada. Um decreto baixado pela presidente Dilma, impedindo a realização de convênios federal impossibilitou o oferecimento de toda uma estrutura inicialmente montada para as provas de Motocross e Velocross do Estadual.
Para Marcelo Brandão, que milita no meio do motociclismo de Rondônia há quase 30 anos e a três temporadas exerce a função de Diretor de Provas da FMR, o ano de 2011é para ser esquecido, em razão das inúmeras dificuldades enfrentadas pela federação, que entre outras coisas, teve que alterar o calendário adiando provas, assim como abdicando de parte da estrutura montada para garantir conforto e comodidade a cada prova realizada.
Brandão lembrou ainda até mesmo que na realização da Etapa Brasil do Latino Americano de MX realizado na cidade de Pimenta Bueno, a FMR teve de arcar com custos, para garantir o sucesso do evento, uma vez que a verba oriunda de convênios federais, não foram liberadas.
Marcelo Brandão de Andrade,chegou em Espigão do Oeste-RO, em 1982 vindo de Mato Grosso do Sul, onde conheceu Reinaldo Selhorst, que havia se mudado de Vilhena para Espigão para gerenciar a primeira loja de auto peças da cidade.
Na ocasião, Reinaldo já era praticante de motocross e convidou Brandão juntamente com outros dois amigos para fundarem um dos primeiros clubes de motociclismo do Estado de Rondônia, para assim realizarem corridas.
Em 1987, foi fundado então a Federação de Motociclismo do Estado de Rondônia - FMR, as corridas eram realizadas de forma bastante amadora, totalmente sem estrutura, mas com disputas já bem acirradas. O diretor falou com exclusividade do crescimento do motociclismo de Rondônia, mas lamentou as adversidades surgidas no último ano.
“Fiquei um período afastado do motociclismo, mas, há 30 anos participo desta atividade colaborando com o desenvolvimento do esporte. Portanto, quando iniciamos no motociclismo, grande parte do atuais pilotos, nem eram nascidos”, frisou Brandão.
Em 2008, a convite do presidente Reinaldo Selhorst, Marcelo Brandão iniciou um trabalho visando melhorar a infra estrutura oferecida as equipes, pilotos e publico em geral, bem como, implementar ações para otimizar a parte técnica, proporcionando com isso a preparação dos pilotos para a participação em campeonatos nacionais e internacionais.
“Iniciamos o ano de 2011, com uma expectativa muito favorável, onde seria possível realizar talvez o melhor campeonato estadual de motocross e velocross de todos os tempos. A primeira fase do convênio federal, foi paga e conseguimos realizar as provas com relativa tranqüilidade”, esclareceu o diretor.
Ocorre que por conta de um decreto presidencial, os recursos da segunda fase do convenio ficaram contingenciados, não tendo a FMR recebido os recursos a que teria direito. Em função deste fato, a federação teve grandes dificuldades para concluir os campeonatos, mas, num esforço comum da equipe da FMR, patrocinadores, promotores locais, equipes e pilotos, conseguiram fechar o ano. “Talvez não da forma ideal, mas da forma possível”, colocou.
Outro fato também que prejudicou muito a FMR, foi com relação ao Latino Americano de motocross de Pimenta Bueno, que também teve os recursos federais contingenciados pelo mesmo decreto que bloqueou os recursos do campeonato estadual.
“Gostaria ainda de esclarecer que, os recursos de alguns convênios, só permitem gastos em determinados itens, portanto, não podemos fazer a aplicação da maneira que quisermos e sim de modo como o convenio permite. Falo isso devido a cobrança de algumas equipes que sugeriram que fossem retiradas as tendas e aumentada a premiação dos pilotos. Mas isto não é possível, pois no convenio não é permitido o pagamento para esta finalidade, o máximo que conseguiríamos era ficar sem as tendas”.
Com relação ao regulamento, Brandão lembrou que foi seguido como parâmetro o da CBM, porém algumas vezes esbarraram em situações que alguns pilotos se sentiram prejudicados, por isso foi repetido o que falou-se ao longo do ano. “Neste instante precisamos de sugestões, mas não sugestões individuais, pois seria praticamente impossível acatar a todas, mas sugestões que atendam o interesse da grande maioria”.
Marcelo Brandão disse também que ao longo desse tempo em que esteve na direção de provas, notou que grande parte dos pilotos, não conhecem totalmente o regulamento, gerando com isso algumas reclamações que não procedem. “Seria de grande importância que todos se inteirassem do regulamento e que contribuíssem com sugestões para melhorar e que também sejam possíveis de serem atendidas”, cobrou.
“Para o ano de 2012, estamos trabalhando para superar as dificuldades de 2011, estamos confiantes que teremos condições para realizar os campeonatos de forma mais tranqüila e sem tantos problemas, e possivelmente estarei encerrando minha passagem na direção de provas para desempenhar uma outra função. Contudo, posso dizer que foi uma experiência muito importante para mim. Espero neste tempo, ter contribuído com o motociclismo de forma mais positiva que negativa”.
Completando suas colocações, Marcelo lembrou que a direção de provas, acima de tudo exige Inteligência, responsabilidade e sensatez nas decisões. “A direção de provas é uma função um tanto quanto ingrata, se você toma a decisão correta não fez mais que a sua obrigação, mas se você errou, a coisa complica, e como somos mortais, não estamos livres do erro, mas posso dizer que sempre tomamos decisões procurando ser o mais justo possível e acima de tudo de acordo com o regulamento”, concluiu.
Fonte: FMR.esp.br
Fonte: FMR.esp.br
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